domingo, 19 de junho de 2011

Os 10 + Jornalistas-escritores que fizeram a minha cabeça

Paulo Araújo, diretor de jornalismo da SIM TV


Ryszard Kapuscinski – Jornalista polonês que escreveu, entre outros livros, Ébano, Minha Vida na África, A Guerra do Futebol e O Imperador. Leituras obrigatórias antes de embarcar para a África, independente do país que se vá visitar. O olhar único sobre os mais de 10 mil reinos que haviam no continente da década de 20 para a de 70 não pode ser mais perfeito.


Joel SilveiraÉ o criador do jornalismo literário brasileiro. Alagoano, foi batizado por Assis Chateubriand de “A Víbora”, dado o veneno que destilou em textos como A Milésima Segunda Noite na Avenida Paulista e Grã-Finos em São Paulo.


Gay Talese – Mestre dos mestres da escrita, passou anos perseguindo, sem sucesso, uma entrevista com o cantor Frank Sinatra, para escrever o perfil definitivo e arrasador do interpréte de My Way. Narrou também os bastidores do jornal The New York Times, no livro O Reino e o Poder, e a história da permissividade Americana antes da era da Aids em A Mulher do Próximo.


Fernando Morais – O maior pesquisador brasileiro pôs um ponto final na história de Assis Chateubriand (Chatô), Olga Brenário Prestes (Olga), uma longa reportagem sobre Cuba (A Ilha), e promete para breve lançar a história do politico baiano Antônio Carlos Magalhães.


Ruy Castro – Ninguém conta melhor os bastidores da Bossa Nova brasileira como Ruy em A Onda que Se Ergueu no Mar e Chega de Saudade, a vida de Carmem Miranda, em Carmem – Uma Biografia e a tragédia pessoal de Garrincha em Estrela Solitária.


Truman Capote – É oautor da melhor reportagem policial de todos os tempos, A Sangue Frio, episódio que é o embrião de todas as grandes tragédias americanas, como o massacre de Columbine.


Roberto Pompeu de Toledo – Ensaista da Veja há décadas, escreveu a história de São Paulo até 1900 em A Capital da Solidão e fez uma entrevista definitiva com Fernando Henrique Cardoso publicada em O Presidente Segundo o Sociólogo

Zuenir Ventura – Os textos de Crime e Castigo, sobre a morte do seringueiro Chico Mendes, deram a um dos maiores repórteres do Brasil o prêmio Esso de Jornalismo. Cidade Partida, sobre o apartheid social no Rio, também é inesquecível.

Robert Fisk – Unico jornalista a entrevista duas vezes o terrorista Osama Bin Laden, traçou o painel definitivo dos conflitos do Oriente Médio nos livros Triste Nação, sobre a guerra do Líbano, e A Grande Guerra Pela Civilização.


Nelson Rodrigues – Tudo desse carioca que foi o maior cronista de futebol de todos os tempos vale a pena ser lido. Engraçadinha e o conjunto de peças e crônicas, como A Mulher Sem Pecado, são jóias da literatura brasileira.

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